Quem nunca se deparou com
uma despesa inesperada? Uma doença imprevista? Uma avaria no carro? Um microondas
estragado? Uma subida do IMI?
Devido à subida do
desemprego, ao aumento dos impostos e aos cortes nos subsídios de Férias e de
Natal, grande parte das famílias portuguesas enfrentam muitas dificuldades para
fazer face a uma despesa extraordinária. De acordo com um recente estudo, um
terço das famílias portuguesas não tem capacidade para enfrentar um gasto
extraordinário superior a 100 euros, ou seja, uma “simples” ida à oficina fica
rapidamente inviável. É preocupante saber que uma doença, um “azar” ou uma
distracção traz a muitas famílias portuguesas uma dupla dor de cabeça:
remediar, consertar e desembolsar o dinheiro para corrigir ou atenuar o
problema.
Na verdade, este aumento das
dificuldades levou as famílias portuguesas a adaptarem os seus hábitos de
consumo e a fazerem reajustamentos nos seus orçamentos domésticos para
conseguirem chegar ao fim do mês com a canta bancária positiva. Segundo o mesmo
estudo, cerca de 50% das famílias portuguesas alocam mais de metade do seu
rendimento mensal para as despesas fixas, isto é, encargos com a casa, o carro,
despesas com água, luz e gás, etc.
Não existem “fórmulas
milagrosas” que ajudem a fazer face a estas despesas inesperadas, porque são
inesperadas, e cada vez menos existe dinheiro disponível para uma poupança
contínua. Mas para aquelas famílias que ainda conseguem fazer uma pequena
poupança mensal, uma boa opção talvez seja aplicarem essas poupanças com o
objectivo de, com dinheiro “fazerem” dinheiro.
in Espaço Opinião do Diário de Noticias da Madeira.