segunda-feira, 25 de março de 2013

Uma despesa inesperada

Quem nunca se deparou com uma despesa inesperada? Uma doença imprevista? Uma avaria no carro? Um microondas estragado? Uma subida do IMI?

Devido à subida do desemprego, ao aumento dos impostos e aos cortes nos subsídios de Férias e de Natal, grande parte das famílias portuguesas enfrentam muitas dificuldades para fazer face a uma despesa extraordinária. De acordo com um recente estudo, um terço das famílias portuguesas não tem capacidade para enfrentar um gasto extraordinário superior a 100 euros, ou seja, uma “simples” ida à oficina fica rapidamente inviável. É preocupante saber que uma doença, um “azar” ou uma distracção traz a muitas famílias portuguesas uma dupla dor de cabeça: remediar, consertar e desembolsar o dinheiro para corrigir ou atenuar o problema.

Na verdade, este aumento das dificuldades levou as famílias portuguesas a adaptarem os seus hábitos de consumo e a fazerem reajustamentos nos seus orçamentos domésticos para conseguirem chegar ao fim do mês com a canta bancária positiva. Segundo o mesmo estudo, cerca de 50% das famílias portuguesas alocam mais de metade do seu rendimento mensal para as despesas fixas, isto é, encargos com a casa, o carro, despesas com água, luz e gás, etc.

Não existem “fórmulas milagrosas” que ajudem a fazer face a estas despesas inesperadas, porque são inesperadas, e cada vez menos existe dinheiro disponível para uma poupança contínua. Mas para aquelas famílias que ainda conseguem fazer uma pequena poupança mensal, uma boa opção talvez seja aplicarem essas poupanças com o objectivo de, com dinheiro “fazerem” dinheiro.


in Espaço Opinião do Diário de Noticias da Madeira.

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