sábado, 25 de maio de 2013

Qual o futuro das pensões e reformas?

As medidas de austeridade impostas aos pensionistas, bem como os cortes previstos para as pensões de reforma deixam pairar um certo temor sobre o futuro de muitos reformados. Na minha opinião, é uma questão de injusta social castigar aqueles que durante muitos anos deram o seu importante contributo à economia portuguesa.

As notícias recentes mostram que a Segurança Social encontra-se muito perto dos seus limites de sustentabilidade principalmente devido à diminuição das contribuições e quotizações dos trabalhadores e das empresas (do lado da receita) e às prestações de desemprego e ao envelhecimento da população (do lado da despesa).

Em 2013, a principal medida que o Governo encontrou para minimizar essas despesas, foi a criação de uma contribuição extraordinária de solidariedade (CES) para as pensões de reforma acima dos 1350 euros, que só por si gerou muita controvérsia. Mas quando comparamos o 1.º trimestre do ano, com as previsões para o próximo ano, podemos afirmar que este ano será “brando” para os pensionistas. Em 2014, as pensões de reforma, como tudo indica, irão sofrer um corte acima dos 5%.


Ainda permanecem muitas “sombras” sobre as intenções do Governo na área das pensões de reforma, especialmente, sobre a aplicação da futura taxa universal e única, mas a realidade aponta para que os futuros reformados tenham uma pensão magra, o que certamente não irá corresponder aos anos de serviço que prestaram ao País. Neste caminho, infelizmente, envelhecimento significará empobrecimento. 


in Espaço Opinião do Diário de Notícias da Madeira.